Maysa, Malé, moda, mulher
Ouça. Maysa voltou. Voltou não, porque ela nunca saiu. Um
dia chegou à procura de amor. Encontrou. Depois largou tudo pela sua arte. E
aconteceu. Marcou época na música popular brasileira pela sua suas canções de
curtição e dor de cotovelo. Agora procura mais a vida, através das gentes que
ela reúne no seu ponto de encontro: a Malé.
Lojinha nova e bem diferente. Tudo lá é usado. O mais
interessante é que você pode trocar as coisas guardadas no baú e levar pra
Maysa que ela dá um jeito, isso é uma característica da casa.
Em termos de moda, a malé não segue. É anti moda mesmo. Tem
de tudo. Desde roupas louquíssimas até as super bem comportadas; discos fora de
circulação; livros esgotados, mais cadeiras e chapéus. Por exemplo: ninguém
sabe como, mas a verdade é que ele está lá, um casaco da guarda real da
Inglaterra. Assim como o chapéu de astracã preto que Maysa usou no seu último
show. Uma bolsa estranhíssima, toda de pelo de cabrito.
Para Maysa, a butique foi ótima, “pois dá chance de
bater-papo, sem alinhavos, com gente amiga.” A Malé fica na Rua Djalma Urich,
91/409.
Fotos de Adalberto:
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