30 de maio de 2011

Coluna: Música da semana

Música da semana

"Ouça"


Autora: Maysa
Disco: Maysa (1957)
Análise:

“Ouça, vá viver sua vida com outro bem / hoje eu já cansei de pra você não ser ninguém”. Estes versos marcaram toda uma época. Imaginem quantos casais apaixonados – ou desencantados – embalaram seus amores e suas emoções ao som do “Ouça” de Maysa. Realmente, é maravilhoso!
Uma música tão sentimental, não poderia ter sido escrito por mãos menos poéticos. Ainda mais quando se fala de algo escrito por Maysa. O nascimento desta canção é de uma ocasião, mesmo, muito simplória. “Ouça”, se incluiu dentro daquelas coisas grandiosas que o homem faz, e que sempre nascem pelas mais banais e cômicas coincidências. Como Maysa contou, o “Ouça”, foi um grande sopro, da primeira a última letra.
Maysa estava aborrecida, deitada na cama de seu quarto, rabiscando um papel entre suas anotações. De repente, chegou seu marido (André Matarazzo). Maysa arrancou a folha, e pediu que André a lesse. “Ouça, vá viver a sua vida com outro bem...”
-         Mas, o que é isto? Disse André
-         Bom, isto é quase um bilhete pra você. Respondeu Maysa.

E assim nasceu o “Ouça” de Maysa.

Ela não sabia que naquele impulso criativo, estava sintetizada toda uma era em sua vida. E justamente, no meio da celeuma que reinava, o “Ouça” surgiu justamente como uma profecia do futuro, que já anunciava o fim do matrimônio, que viria logo a seguir.
Pois então, bem no meio de um terremoto nasceu “Ouça”, mas a música, não haveria de trazer só o prenuncio de uma catástrofe para Maysa. Para ela, aquela bela canção também simbolizaria muito da sua glória.
Maysa não exitou um minuto em gravar “Ouça”, a carreira já começa a deslanchar, quando os fãs, já ávidos por novidades da cantora, após o lançamento do primeiro disco no ano anterior, tiveram a oportunidade de ouvir a voz de Maysa num novo lançamento. E foi justamente “Ouça”, que quebrou o jejum. Lançado num disco de 78 RPM, em maio de 1957, ao lado da canção “Segredo” de Fernando César (a primeira a gravar apenas como intérprete), a música causou um verdadeiro rebuliço. O sucesso era estrondoso.
A cantora havia conseguido se superar com aquele novo samba-canção de letra sentimental e melodia agradável. “Ouça”, é definitivamente um primor! Por ter um mote universal, que é a separação. Afinal, todos nós já sentimos – com maior ou menor intensidade – as amarguras de um amor. Principalmente, se este romance, está em seu final. “Vai lembrar que um dia existiu um alguém que só carinho pediu e você fez questão de não dar, fez questão de negar”.
Negar carinho a Maysa, é inimaginável! Ora, como se pode negar carinho a alguém que só vivia por amor? Pois bem, só se sabe que assim ela escreveu. O destino, tratou de realizar o que Maysa já previa, e tratou também de fazer daquela linda música o maior sucesso de toda sua carreira. (mesmo que rivalize apertada com “Meu Mundo Caiu”). Realmente, o destino é caprichoso e contraditório, Maysa sabia bem disso. Quis ele, e também por vontade dela, que fosse viver sua vida com outro bem.

16 de maio de 2011

O Álbum de Maysa: Woyzeck (fotos)


Woyzeck (fotos)
















Com o ator Antônio Pedro




Durante os ensaios com Edu Lobo e Ruy Guerra - responsáveis pela música do espetáculo



9 de maio de 2011

Maysa Matarazzo: multimilionária vira cantora popular (Manchete - 1957)


Na edição de 18 de maio de 1957, a revista Manchete contemplou os leitores de todo Brasil com uma capa que trazia um belo – e enorme – close de uma cantora novata, que gravara seu primeiro LP no ano anterior, e já causava um imenso furor em todo Brasil. Era Maysa, a primeira capa a gente nunca esquece! A chamada da matéria dizia: “Maysa Matarazzo: multimilionária vira cantora popular”. Na reportagem interna a Manchete resumia o furor em torno daquela cantora: “Dos milhões de cruzeiros aos milhões de fãs”. Com reportagem do jornalista Ivo Serra e fotos do consagrado Gervásio Batista, a Manchete revelava aos leitores a origem aristocrática e a história da “Cinderela às avessas”. Mas também punha a tona, a desarmonia que já imperava no lar da família Matarazzo.

Agora, o Blog oficial Maysa traz na íntegra para vocês a reportagem da revista Manchete. Boa leitura!

Maysa Matarazzo: dos milhões de cruzeiros aos milhões de fãs

Está é uma história de Cinderela. Mas ao contrário. É a história de uma jovem, bonita, milionária, de excelente posição social, que se viu atraída pelo microfone e o disco, não tardando em trocar qualquer lista de “dez mais” pelo sucesso como cantora popular. É a história da bisneta do barão de Monjardim, neta do senador Monjardim, filha do deputado Alcebíades Monjardim, capixaba de 400 anos, promovido a fiscal do imposto do consumo em São Paulo. É a história de uma mulher que porta o nome mágico de Matarazzo, mas prefere seguir decididamente a linha de Sílvio Caldas e Dorival Caymmi. A história, enfim, de Maysa Matarazzo, grande fortuna e não menor êxito como cantora de samba.

Concorrência de Matarazzo a Ângela, Sílvio Caldas e Dorival Caymmi

Carioca, criada em São Paulo por acaso, Maysa vivia, até faz pouco tempo, sua vida de menina rica, tendo passado pelos melhores colégios. Como muitas colegas de infância, todas “bem”, aprendeu música e  ballet. Mas em vez de suspirar por Chopin, como mandava o bom-tom, escandalizava parentes da velha guarda, com sua mania de Noel e Ary Barroso. Quando esperavam que quisesse ir à Ópera, ouvir Bidu Sayão e Tito Schipa, causava novas decepções, mostrando predileção entusiástica, por Aracy de Almeida, Elizeth Cardoso ou Carmen Costa. Convidada a ouvir Brailowsky ou Yasha Heifetz, preferia saber onde estava tocando Russo do Pandeiro. Apesar do curso de ballet, gostava cada vez mais de samba e batucada.

Desde  menina gostava de ler, principalmente poesia. Só que, sendo Guilherme de Almeida e Olegário Mariano os poetas da moda, causava espanto, ao eleger Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Vinicius de Moraes como prediletos. Aos 15 anos, era uma mocinha sem laço de fita na cabeça, gostando de pentear os cabelos com os dedos.

Sempre esportiva, precoce, inteligente, costumava cantar em festas de sociedade, acompanhando-se ao violão. Um dia, tomou coragem e cantou um samba-canção que ninguém conhecia: “Adeus”. Aos que elogiavam, respondia que era de uma amiga. Mas, à primeira pessoa que disse não ter gostado, rebateu com orgulho: “Pois é meu. Letra e música. Desculpe ter nascido...”.

Pouco tempo depois. Embora sua mãe, D. Ináh, também de tradicional família capixaba, ainda a julgasse apenas uma menina, Maysa já se sentia apaixonada por um amigo do pai – André Matarazzo Filho. Mas era interna, no Sacré Coeur de Marie, e só nas férias ou de vez em quando estava com a família. Era uma criança, inclusive para o filho do conde Andrea Matarazzo. Mais dois anos, e se transformava numa das moças mais bonitas da sociedade paulistana. O romance com Andrézinho, nascido em seu próprio lar, teve fecho de ouro, com o noivado de ouro e logo depois o casamento, apontado pelos colunistas sociais da capital paulista como um dos acontecimentos marcantes do ano.

Da lua-de-mel nos "States" às propostas vantajosas

Lua-de-mel nos Estados Unidos e Europa, longa viagem de volta e vida social intensa, em São Paulo. Mas a srª. Maysa Matarazzo continuava fiel ao gosto da música popular. Se lhe pediam, nas festas, que cantasse, não se fazia de rogada. Sua voz, rouca e fora do comum, ganhava em volume e qualidade. A interpretação era seu forte. Não imitava ninguém, com um jeito todo seu, diferente, personalíssimo, fossem as músicas, americanas, francesas, italianas ou brasileiras. Nunca deixava de interpretar alguma coisa de Noel Rosa. Só muito solicitado, apresentava seus sambas-canções: “Tarde Triste”, “Adeus”, “Quando Vem a Saudade”, “Agonia”,  “Marcada”, “Rindo de Mim”, “Não Vou Querer” – todos com letra e música de sua autoria.

Até que a srª.  Maysa Matarazzo, que sempre prestigiara festas de sociedade com fins assistenciais, concordou em dar contribuição pessoal mais importante à campanha contra o câncer: um recital, na boate Cave, em benefício do Hospital Central do Câncer. Autêntico sucesso – artístico, de público e crítica. O nome da cantora Maysa Matarazzo apareceu então com maior destaque, nos jornais e revistas de São Paulo e do Rio de Janeiro, espalhando-se por todo Brasil. A repercussão chegou a preocupar alguns membros das famílias Matarazzo e Monjardim. Outros, pelo contrário, gostaram.

Surgiram logo propostas vantajosas para que ela cantasse no rádio e na TV. Foram recusadas. Houve insistência: era pena que voz tão boa, tão diferente, e interpretação tão admirável, fossem privilégio dos grã-finos. Enquanto isso, crescia a curiosidade dos que, na boate, tinham conhecido as músicas e a voz de Maysa. Foi quando surgiu a fórmula conciliatória: ela concordou em gravar suas músicas, doando os direitos de sambista, letrista e cantora a diversas associações beneficentes, principalmente à campanha contra o câncer, comandada, em São Paulo, pela srª. Carmen Prudente. A RGE cuidou da gravação, encarregando da orquestração o maestro Rafael Puglielli. Foi assim que surgiu o long-playing “Convite para ouvir Maysa”, que, em pouco tempo, alcançou grande sucesso, sendo o disco mais vendido em São Paulo.

A maior revelação e André no meio-termo

No julgamento anual dos cronistas de rádio de São Paulo, para a escolha de “os melhores do ano de 1956”, Maysa foi apontada como “a maior revelação feminina”, “o melhor compositor”, e “o melhor letrista”.

Voltaram as propostas do rádio e da TV paulistas. Várias vezes, foi anunciado e desmentido o ingresso de Maysa Matarazzo no broadcasting e no vídeo. Mas o casal André Matarazzo já ganhara um herdeiro, Jayminho, e Maysa estava com todo seu tempo reclamado pelo bebê. Além disso, na família, a corrente do “contra” era a mais forte.
Ela se limitou a compor mais dois excelentes sambas-canções – “Ouça” e um outro dedicado a Noel Rosa e ainda sem título. Sua voz voltou a ser privilégio da gente-bem, nas festas íntimas da sociedade paulistana, até que, contrariando muita resistência, Maysa resolveu cumprir seu destino de cantora e de sambista: aceitou um contrato da rádio e televisão Record para um programa ás quartas-feiras, doando sua parte a associações de caridade. O patrocinador (fabricante de “Bombril”, amigo da família, conseguira demover, pelo menos temporariamente, os últimos opositores).

Foi assim que a srª. Maysa Matarazzo se tornou uma das maiores atrações da TV e do rádio, em São Paulo. Suas fotografias enfeitam vitrinas e balcões das casas de discos. Seu nome, antes apenas nas colunas sociais, hoje aparece também nas páginas dedicadas à música popular.

Isto, certamente, não agrada ao ramo oposicionista da família. Quanto a André, está no meio-termo, entre as duas correntes. É possível que não seja muito favorável à carreira da esposa como sambista e cantora popular, mas gosta de vê-la fazer sucesso. Até ajuda a colecionar recortes de jornais e revistas para o álbum de Maysa.






O "new-look" de Maysa tem violão. Sua vocação, ave liberta, se cumpriu.



Seu amor ao samba obrigou Andrézinho a ficar entre correntes opostas.



2 de maio de 2011

Televisão: Maysa faz "O Cafona" (Rede Globo - 1971)




Já havia algum tempo que Maysa andava apoquentada com essa história de ser atriz de televisão. E quando a Rede Globo a chamou para cantar no programa Som Livre Exportação no começo de 1971, ela fez de brincadeira: “Só canto de me derem um papel na próxima telenovela” e a emissora leva a condição a sério! Em pouco tempo, por intermédio do diretor Daniel Filho, Maysa foi convidada pelo autor da próxima trama das 22 horas – Bráulio Pedroso – para integrar o elenco de O Cafona.
Ora, é verdade que até ali Maysa tinha muita experiência com a tela pequena, desde os tempos dos seus programas da TV Record no fim dos anos 50. E é também verdade já tinha atuado num conto de natal do programa Noite de Gala de Abelardo Figueiredo. E até participou de um grupo amador de teatro do diretor Flávio Rangel na adolescência. Além da experiência de ter apresentado no ano anterior, o jornalístico Dia D, na TV Record. Mas sua maior intimidade com a interpretação até ali, fora uma atuação no teleteatro Elas Por Elas com Bibi Ferreira e Rubens de Falco apresentado no Bibi Especial da TV Tupi em 1970. Agora, atuar numa novela inteira, e na Rede Globo – que à época já era a líder absoluta no gênero – seria um dos maiores desafios de sua carreira até ali.
Pela primeira vez, uma telenovela brasileira teve de usar da advertência: “Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas ou com fatos reais terá sido mera coincidência”. Na trama do autor Bráulio Pedroso, personagens e situações confundiam-se com pessoas e fatos da vida real. Nunca uma novela havia abordado com tanta acidez e realismo a superficialidade da vida da alta sociedade, e a sordidez da burguesia. Que davam origem a uma trama recheada de tipos como – milionários falidos, novos-ricos, alpinistas sociais, revolucionários e hyppies. Tudo isto numa mesma novela!
A trama de O Cafona girava em torno de Gilberto Athayde, um novo rico que sonha ser aceito pela alta sociedade. Ele é um homem simples e rude que conseguiu enriquecer como dono de uma rede de supermercados. Ao ficar viúvo, parte em busca do seu plano de se casar com uma grã-fina. Na trama, surgem duas possibilidades: Malu (Renata Sorrah), filha de Fred (Paulo Gracindo), um milionário falido que enxerga no casamento da filha um caminho para resolver seus problemas financeiros; e Beatriz (Tônia Carrero), ex-mulher do empresário Gastão Monteiro (Álvaro Aguiar), que se preocupa apenas em posar para capas de revistas como uma das mais elegantes das colunas sociais. Beatriz se apaixona por Gilberto Athayde e decide lhe ensinar a como se comportar em sociedade.
E no meio de tudo isso surgia Simone – o alter-ego de Maysa. Há de se notar agora uma certa verossimilhança: Simone era uma mulher casada com um industrial paulista que cansada da vida de socialite, larga o marido. Troca São Paulo pelo Rio de Janeiro, transforma-se em uma devoradora de homens, cai de cara no whisky e por fim – torna-se uma notória transgressora dos bons modos. Aí já era impossível separar a ficção da realidade! Todos perceberam que Maysa estava interpretando sua própria história de vida. E ela mesma assumiu isso em público: “A personagem tem muito de mim. Afinal, nunca fui atriz e seria muito difícil criar uma caracterização”. A cantora estava duplamente feliz, primeiro, ao realizar o sonho de ser atriz e segundo, por mostrar ao país o drama da própria vida. Como ela mesma disse no coquetel de apresentação do elenco a imprensa: “É uma pena que só agora, aos 34 anos, minha experiência humana venha a ser compreendida em um trabalho como este. Há uns treze anos , pessoas como eu eram rotuladas de transviadas, desajustadas e outros termos pejorativos.  Hoje não. Ser assim, agora é ser, na pior das hipóteses, um hyppie”.
Encenada no horário das 22 horas – horário reservado para tramas mais expressivas, do que os romances melodramáticos das habituais novelas das oito. O Cafona foi transmitida entre 22 de março a 20 de outubro de 1971. Dirigida por Daniel Filho e Walter Campos. Maysa contracenava com um verdadeiro time de estrelas, formado por Francisco Cuoco, Marília Pêra, Tônia Carrero, Renata Sorrah, Elizângela, Paulo Gracinco, Ary Fontoura, Carlos Vereza, Marco Nanini e Osmar Prado. Muitos deles, ainda em início de carreira. O autor Bráulio Pedroso vinha de dois grandes sucessos sucessivos na TV Tupi – Super Plá e Beto Rockfeller. A última, havia inaugurado no Brasil a telenovela com crítica social. Já em O Cafona, o autor repetia a dose, com muito mais humor.
Na época, alguns figurões da fauna carioca se sentiram levemente retratados na trama. Afinal, os personagens eram novos-ricos e milionários que não perderam a pose por nada! Freqüentam a piscina do Copacabana Palace, vão a banquetes e comentam as notas das colunas de Zózimo Barroso do Amaral e Ibrahim Sued. Tudo isso, com a maior naturalidade do mundo. Com participações especiais de colunáveis, o diretor Daniel Filho convidou à época, pessoas famosas para participar da trama. Como Maysa, que tinha status de grande cantora popular e passado aristocrático, além do nobre espanhol Juan de Bourbon.
A novela destacava também a história de três jovens que pretendem fazer o filme mais radical do cinema brasileiro: Matou o Marido e Prevaricou com o Cadáver. Cacá (Osmar Prado – par romântico de Maysa na trama), Rogério (Carlos Vereza) e Julinho (Marco Nanini) são caricaturas bem-humoradas dos diretores Cacá Diegues, Rogério Sganzerla e Júlio Bressane. Eles são liderados pelo Profeta (Ary Fontoura), uma espécie de guru das praias do Rio de Janeiro. O título do filme é uma paródia da famosa obra de Bressane, Matou a Família e Foi ao Cinema (1969).
 A secretária de Gilberto Athayde é a loura Shirley Sexy (Marília Pêra). Ela é moradora de uma república hyppie em Santa Teresa, no Rio de Janeiro e é apaixonada pelo patrão. Na trama, a secretária é escolhida pelos cineastas para estrelar o filme. Outro grande sucesso entre o público foram as cenas de Gilberto Athayde e Shirley Sexy, que o chamava na intimidade de Gigi. Segundo a atriz Marília Pêra, a naturalidade de muitas cenas, especialmente as cômicas, vinha da liberdade que o autor dava aos atores para criar situações. No próprio texto, conta ela, Bráulio Pedroso indicava as cenas em que os atores deviam improvisar.
A novela acabou se tornando um enorme sucesso de público e crítica. O Cafona foi a primeira novela da Rede Globo a ter sua trilha sonora lançada pela Som Livre – marca de fantasia da SIGLA (Sistema Globo de Gravações Audiovisuais), e devido ao sucesso tão grande, teve também sua trilha sonora internacional lançada em disco. Desde então, é costume que as telenovelas da Rede Globo tenham dois discos cada uma.
Para embalar as desventuras de sua personagem, o autor Bráulio Pedroso pediu a Maysa que escrevesse uma canção para o tema de sua personagem. Maysa pôs música em um de seus poemas recentes e gravou o “Tema de Simone”. Lançado pela Philips em um compacto simples, e que infelizmente (por razões contratuais) ficou de fora do disco oficial de O Cafona.
Em uma de suas cenas mais antológicas na novela, uma cambaleante Simone é expulsa do Copacabana Palace. A cena, foi gravada lá mesmo no famoso hotel. E muitos passantes, ao acreditarem que ela estava sendo expulsa do luxuoso palacete, gritavam para a cantora: “Dá neles Maysa!” ela adorou. O público mais ainda. Meio desconfiado, eles acabavam acreditando cegamente nos porres de Maysa. A revista Amiga reconheceu: “Maysa e Tônia roubam O Cafona”. O sucesso do personagem foi tanto, que Maysa acabou até ganhando prêmio de Coadjuvante de Ouro. Ela foi mesmo uma grande atriz!

Abaixo, fotos de Maysa em O Cafona:











Em cena, com Tônia Carrero.





Em cena, com Osmar Prado.



Reunida com o elenco da novela.





Em cena externa no hotel Copacabana Palace.



Abertura de O Cafona: